Ela enrroscou se em meus veludos pretos.
Era uma alma que tinha pernoitado no meu quarto comigo entre o espelho e a penteadeira penteando seus cabelos de borboletas negras.
06:00 ampulhetas manhã e eu acordei com ela nos meus braços valsando escadaria abaixo quando ela sussurrou cabeça baixa:
“não devo ir. Não quero. Conceda me a importância de ficar aqui e de não mais me atirar todas as madrugadas dos abismos di Tenebris?!”
Ela ficou.
Exatamente 200 séculos mais tarde, veio o fim do mundo e nos empalideceu de tanto valsarmos escadaria abaixo até que, distraídos, o sol vermelho chegou e queimou nossos ossos negros.
Voltamos para a Capela di Tenebris e a Sra. Morte falou baixa e rouca:
“até que enfim aprenderam a amar.”
Deixe um comentário